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A Família (im)perfeita

O dia-a-dia (im) perfeito de quem ama, e vive intensamente todos os dias, porque só assim faz sentido!

A Família (im)perfeita

O dia-a-dia (im) perfeito de quem ama, e vive intensamente todos os dias, porque só assim faz sentido!

Ela

No seu colo, a nossa doce gatinha bebé, dormia e fazia tanto RonRom, que era impossível ficar indiferente...ela afagava-lhe o pêlo enquanto sorria, apesar de já haver gatos em casa quando ela nasceu, nunca teve oportunidade de pegar num bebé e apreciar o crescimento de um animal em casa, olhou para mim e pergunta:

 

- Mãe, será que ela sente saudades da mãe dela?

- Acho que não, filha, talvez já nem se lembre, agora somos nós a família dela...

Fez-se um silencio...e de repente, oiço um fungar...

- Estás a chorar?

E assim num pranto digno de tragédia grega, com ranho e muitas lágrimas, ela diz:

-Isso é tão triste!!! 

- O que é triste filha?

- Esquecer da nossa mãe! É tão triste...eu jamais queria me esquecer de ti...as mães são tão importantes!! E ela agora já não se lembra que teve uma mãe....isso é tão triste...buáááá!! ( ranho, muito ranho, lágrimas e mais lagrimas e mais ranho!!) 

 

É bom saber que ela tem esta referência tão positiva, que não se imaginava a viver sem mim, e que me considera tão importante ao ponto de não querer que ninguem viva sem a sua mãe. Do alto dos seus 9 anos, consegue perceber que o importante é ter ,quem amamos profundamente, ao nosso lado!

 

E assim ficamos as duas ( três), ela, depois mais calma, eu de coração partido e apertado...e a gata no seu ronrom infinito!! 

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O (im)Perfeito início...

Sempre gostei de escrever ( não quer dizer que o faça bem), mas o tempo ( esse malvado) foge e corre, e esgueira-se e não me deixa fazer metade do que gosto, e escrever é uma dessas coisinhas que me faz tão feliz!

Os miúdos crescem, e fazem gracinhas e asneiras e constroem frases que não lembram a ninguém, e eu quero tanto, mas tanto não deixar escapar essas pequenas coisas. 

Somos uma família como as outras, não nos considero especiais, em relação a tantas outras casas, não somos dotados de uma inteligência a cima da média, nem temos um dom único, nem somos o supra-sumo da parentalidade, pelo contrário, todos os dias aprendemos com os erros um do outro, e todos os dias os nossos filhos nos ensinam que não há métodos infalíveis para a educação, e que muitas vezes é feita por tentativa e erro ( não à balda!) mas com muitas incertezas...Mas um coisa é certa, não mudaríamos as nossa " casa" por nada deste mundo, mesmo que ela seja imperfeita, para nós é a melhor do mundo!

Estão convidados, nos dias aborrecidos e sem nada para fazer, para se sentarem aqui, beberem um copo e partilharem um pouco do nosso dia-a-dia tão comum e genuíno!

Sejam bem vindos...

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